O avanço constante da medicina, além de trazer novidades no combate às doenças ou aos cuidados para evitá-las, permite que se possa especificar cada vez mais o tipo e o grau dos problemas que nosso organismo apresenta.

No caso da medicina esportiva, isso não poderia ser diferente. Hoje em dia nos acostumamos a ouvir nomes de lesões que até pouco tempo atrás não eram tão amplamente mencionados.

Um desses casos é a fratura por stress, que é causada por overuse (esforços repetidos).

Os ossos de sustentação de peso da perna e do pé são os principais locais onde ocorrem esse tipo de lesão.

A musculatura não está preparada para absorver os choques repetitivos de determinados movimentos; assim, a sobrecarga desse choque vai para o osso que acaba sofrendo pequenas fissuras, chamadas de fraturas por stress.

Outro fator preponderante para o surgimento dessa fratura é a mudança repentina do treinamento. Isso é muito importante para vocês corredores. Às vezes, sair da grama e mudar para um solo mais duros traz malefícios.

É importante estar preparado para isso, seja com calçados específicos ou com a alteração na intensidade do treinamento.

O atleta começa a sentir dores na perna no final da corrida, que passam a aumentar gradativamente com o passar dos dias até que torna-se impossível praticar sua atividade. Fundamental para a reabilitação deste tipo de lesão é seu diagnóstico diferenciado.

Exames minuciosos por imagem e avaliação clinica correta impedem que a lesão seja confundida com outras patologias, como no caso da periostite, popularmente chamada de canelite, que é uma inflamação na camada externa do osso.

Dessa maneira, o fisioterapeuta pode indicar o tratamento correto e reabilitar o atleta em um menor espaço de tempo, além de prevenir o surgimento de novas lesões e evitando o retorno do problema antigo.

Dr. Leonardo Signorini
SOS PALMILHA